Viana era mais fria antes do Albergue de Peregrinos São João da Cruz dos Caminhos. Havia hospitalidade e os corações batiam, mas os peregrinos não tinham um poiso com sabor a descanso de peregrinação: simples e limpo, austero e acolhedor.
Inspirados
em São João da Cruz, místico cristão e afeito aos caminhos, homem celestial e
divino, e sempre homem de pés na terra e olhos no céu, decidimos lançar-nos na
aventura de abrir os braços a quem passa cansado da peregrinação da vida.
Já
fomos por aí saborear o sol e o ar, o pó e a água fresca das fontes. Já
provámos amoras e nos deitámos na relva. Sabemos bem como ao longo da
peregrinação fazem falta duas telhas, uma cama, um copo de água e sobretudo
braços abertos. É o que oferecemos. Por vezes ouvem-se as vozes dos frades carmelitas
a cantar a Salvé, outras as dos fiéis da Missa das 09:00h acompanhando a
Bênção do Peregrino. E é quase tudo. E é quase tudo, porque quase tudo é
caminho e aqui ninguém tem morada permanente.
E
que o caminho venha sempre ao encontro de cada um de nós. Ámen.
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