"Meu
doce e terno Jesus, se amores me hão-de matar, agora têm lugar"
[São
João da Cruz]
São João da Cruz, homem de compassivo amor
não poderia deixar de trazer em si o amor que Jesus conduziu ao mundo ao nascer
em Belém… Ó admirável sólida relação de amizade e harmonia! Inflamava-se com o
mistério do Deus feito homem. O Natal era vivido e sentido com um enorme ardor,
espelhado no seu olhar, manifestado nos seus gestos, nas suas atitudes. No ano
de 1585, no Convento das Madres Carmelitas de Granada, São João da Cruz, homem cativado
de Deus, dançava e entoava com o menino Jesus ao colo, neste tempo alinhava
tocantes e belas poesias sobre a Natividade: "Meu doce e terno Jesus, se amores me hão-de matar, agora têm
lugar". Este tempo era vivido com peculiar atenção e emoção. Conta-se
que no Advento, todos os dias enquanto mestre de noviços fazia a procissão do
Menino Jesus pelos claustros das celas dos religiosos habitando o Menino Jesus cada
dia na cela dum religioso.
Este
grande homem, assegura-nos nas suas palavras a fragilidade de um Redentor que
Se faz pequeno para dilatar os homens: Deus «o que falava antes em partes aos
profetas já falou no todo, dando-nos o Todo, que é seu Filho. (...) Ponha os
olhos somente nele (...) e achará nele ainda mais do que pede e deseja». Neste
amor sem limites de um Deus que se faz pequeno, o apaixonado assemelha-se ao
amado e na ternura, veneração, contemplação… demoremos o nosso olhar!
A ti, a mim… a cada um de nós resta-nos gratificar
este imenso amor! Solidarizemo-nos ao Pequeno Rei que Se entrega no mistério do
altar, que olha para e por nós... E nós? Nós… vamos a Ele e percamo-nos n´Ele,
subamos até Belém e com Maria, sua mãe amável, José homem do silêncio… entoemos
os mais belos cânticos. Cantemos com o coração a nossa entrega sem reservas ao
Menino Salvador.
[VP]
A espiritualidade e a família aumentam a sensação de bem-estar no Natal. Obrigado por esta partilha.
ResponderEliminar