terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A arvore, a lua e a noite.


E por Tudo vos digo…

A arvore, a lua e a noite.

Esta árvore como tantas outras árvores que se encontram na aparência terrestre, conhece uma amiga chamada lua, ambas vivem num hasteado cenário da noite…Neste cenário bucólico da noite, tudo lhes é particularizado, calmo, sereno... Convivem entre os sons nocturnos que convidam a espelhar sobre a claridade da lua a vida implementada na humildade de serem elas mesmas. A árvore envolve-se com esta lua, não imaginando o quanto é apreciada e acarinhada. A noite transforma-se em confidente salientando a familiaridade conquistada. A árvore sujeita ao olhar que reflecte o peso da jornada anseia pela lua, pois nela vê reflectida a sua transparente reprodução. Sempre que o sol pensa em dormir, em se ausentar para descansar, é convidada a entrar em cena a noite. Faz-se presente, torna-se íntima. Na noite, permanece entre frestas de silêncio, a solidão sonora do vento do deserto fundo, implantado pela tranquilidade de uma realidade que cala no mais profundo centro! Harmoniosamente o Tudo conquista espaço e debita nesta árvore a força. Interiorizando a certeza de amanhãs que se sucedem sempre pelo culminar de um dia, esta árvore sabe que o encontro é realizável, autêntico e apesar do tudo, tranquilizante. A espera por este encontro enaltece a capacidade da delonga… O que a árvore vive e compartilha durante o dia é circunspecto na noite. Não a conhecendo verdadeiramente uns e ajuizando outros a certeza do seu trajecto, a árvore sabe que será compreendida na noite que a espera… compreendendo-a. Na noite está o surgimento, o âmago de uma renovada vida. Esta noite traz consigo a presente calma e esperada placidez. A árvore regressa em cada dia com ânsias deste encontro e nesta verdade se quer (re)conhecer, defrontando as forças ainda não conquistadas da certeza em que crê.

Onde nos (re)vemos? Árvore, lua ou na noite?!
 
[V.P.]

1 comentário:

  1. Este texto foi retirado dum livro, da internet, de onde? Quem é o autor? Gostei de ler e gostaria de ler mais alguma coisa do mesmo autor. Obrigado. António.

    ResponderEliminar