Em certa ocasião, um jovem de uma aldeia teve que viajar
até à capital. Enquanto ia em grupo, e sem ele se dar conta, alguém tirou-lhe o
mais valioso que tinha: um relógio que seu pai lhe havia oferecido com muito
sacrifício antes de morrer. Quando se deu conta, o seu coração encheu-se de uma
grande amargura e sentiu um profundo ódio pelo desconhecido que lhe tinha
tirado o seu valioso tesouro.
A partir desse momento, os seus pensamentos centraram-se no
anónimo ladrão. Pensava nele dia e noite, odiava-o com todo o seu coração, e o
seu rancor crescia cada vez que tinha de ver a hora no outro relógio mais
pequeno que agora usava. Havia noites em
que não dormia de raiva e de impotência. Tornou-se irritadiço e iracundo com a sua própria família. Até que um dia, angustiado por tanto ressentimento, fez esta oração: «Senhor, já não posso continuar assim. Por isso quero perdoar a esse ladrão que levou o meu relógio. Mais ainda: quero oferecer-lhe o meu relógio. De tal modo que, quando esse ladrão morrer, Tu não o julgues por este roubo, porque não houve roubo nenhum. Eu já lhe ofereci o meu relógio».
que não dormia de raiva e de impotência. Tornou-se irritadiço e iracundo com a sua própria família. Até que um dia, angustiado por tanto ressentimento, fez esta oração: «Senhor, já não posso continuar assim. Por isso quero perdoar a esse ladrão que levou o meu relógio. Mais ainda: quero oferecer-lhe o meu relógio. De tal modo que, quando esse ladrão morrer, Tu não o julgues por este roubo, porque não houve roubo nenhum. Eu já lhe ofereci o meu relógio».
A partir desse dia, o jovem foi feliz. Recuperou a alegria
que durante meses tinha perdido, porque não voltou a trazer à sua memória
aquele facto torturante. E desde então pôde viver em paz.
[Autor anónimo]
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