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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O que é peregrinar (II)


 
As Peregrinações Cristãs
As peregrinações entre os cristãos têm as suas raízes no Antigo Testamento com Abraão como modelo e, com o proceder do povo de Israel que peregrinou (Êxodo, culto em Jerusalém, etc.). Jesus seguiu este mesmo costume peregrinando a Jerusalém.
A Igreja, nos seus começos, seguiu a praxis de Israel: visitavam-se e veneravam-se os Santos Lugares (sobretudo até o ano 66) que aparecem no Novo Testamento como testemunhas de presença de Jesus e que foram santificados com a sua morte.
Posteriormente, as cruzadas, surgem em modo de peregrinações armadas, que se põem em marcha em 1095, quando os muçulmanos ameaçavam cortar o acesso, aos cristãos, aos Santos Lugares. A peregrinação aos Santos Lugares permanece viva nos nossos dias.
O culto aos Santos e as suas relíquias, começa com o culto aos mártires, considerados como testemunhas da nova fé, celebrando as suas virtudes cristianas, o seu valor, dignidade e o seu testemunho que selam com a sua própria vida.
Sobre os túmulos dos mártires levantaram-se basílicas que se enchiam de fiéis no dia de seu aniversário (que não correspondia com o dia do seu nascimento, como no caso dos pagãos, mas com o do seu martírio”dies natalis”). Ao princípio, o culto tinha um carácter estritamente local, mas rapidamente acudiram verdadeiras multidões, a vezes de regiões remotas. A invocação aos mártires podia se realizar em qualquer lugar mas, era sem dúvida, no seu túmulo onde esta invocação tinha mais eficácia e onde se prodiziam os feitos milagrosos mais relevantes.

[Associação | Confraria de São Tiago | Espaço Jacobeus]

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