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Uma grande viagem



Era uma vez um rei que estava quase a morrer. Mandou então chamar o bobo da corte que mais o fazia rir com as suas piadas. Mas nem o melhor humor lhe arrancou um sorriso.
— Porque estais tão triste, Majestade?, perguntou.
— Porque vou fazer uma grande viagem, respondeu o rei.
— Mas como ides fazer um longa viagem se não estais preparado? Onde estão as vossas malas? E as vossas roupas? Onde estão os cavalos?
— É esse o problema, respondeu o rei. Descuidei-me! Estive sempre tão ocupado com outras coisas e agora tenho pouco tempo para me preparar.
— Tomai, pois, a minha gorra, respondeu-lhe o bobo, ficai com o meu apito e as minhas campainhas, pois sois mais tonto que eu. Ides fazer a viagem mais longa da vossa vida e a única coisa que ocorre é chamar-me!

Solte as amarras



Daqui a vinte anos sua maior frustração será mais com as coisas que você deixou de fazer do que com as que você fez e deu errado. Então solte as amarras e navegue para longe do porto-seguro. Pegue os ventos de mudanças nas suas velas. Explore. Sonhe. Descubra.

[Mark Twain - Il. Amanda Cass]

Caminho



Era um caminho que de tão velho, 
minha filha,
já nem mais sabia aonde ia...
Era um caminho
velhinho,
perdido...
Não havia traços
de passos no dia
em que por acaso o descobri:
pedras e urzes iam cobrindo tudo.
O caminho agonizava, morria
sozinho...
Eu vi...
Porque são os passos que fazem os caminhos!

[Mario Quintana]

Nem todos...


Nem todos os caminhos 
são para todos os caminhantes.
 [Goethe]

Protegida dos ventos



Dois amigos caminhavam lado a lado numa extensa praia... falavam sobre várias coisas e, a certa altura, o mais novo parou e perguntou ao mais velho como se faz para manter a amizade com alguém.
O mais velho olhou para o mais novo e disse-lhe:
- Pega num pouco de areia com a mão e fecha-a com força...
O mais novo assim fez e reparou que quanta mais força fazia, mais depressa a areia ia escapando por entre os seus dedos.
- Assim a areia vai fugindo!
- Eu sei, agora abre completamente a mão...
O mais novo assim fez e o vento levou o restava da areia. O amigo mais velho, sempre a sorrir, disse-lhe de novo:
-Agora pega de novo num punhado de areia e mantém a mão meia
aberta, como se fosse uma colher...
O amigo mais novo experimentou e reparou que a areia se mantinha na sua mão e estava protegida dos ventos.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

E o caminho continua…

... porque no interior de cada um de nós, existe algo que muitas vezes não conseguimos definir. Definir, como assim? - Não conseguimos atribuir um nome. 
Apenas sabemos que somos o que somos! Nada mais.

Na estrada de Santiago




Carreiro
Deserto
Tão longe
E tão perto

Anseio
Secreto
Encontro
Mais certo

Caminha na estrada
De Santiago
A estrada marcada
por tanto passo

Ao longo
Dos séculos
Passaram
Milhões

A vista
cansada
De tantas
paixões

Acorrem à estrada
De Santiago
A estrada marcada
Por tanto passo

E como
se sente
tão acompanhado

Se não vê
mais gente
Nem tem ninguém
ao lado

Caminha na estrada
de Santiago
a estrada marcada
por tanto passo

[Madredeus]

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

E tu?

Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só...

[Florbela Espanca]

Um caminho: Quarta feira de Cinzas



Acabou nosso carnaval, ninguém, ouve cantar canções
Ninguém passa mais brincando feliz
E nos corações saudades e cinzas foi o que restou
Pelas ruas o que se vê é uma gente que nem se vê
Que nem se sorri, se beija e se abraça
E sai caminhando, dançando e cantando cantigas de amor
E no entanto é preciso cantar
Mais que nunca é preciso cantar
É preciso cantar e alegrar a cidade
A tristeza que a gente tem qualquer dia vai se acabar
Todos vão sorrir, voltou a esperança
É o povo que dança, contente da vida feliz a cantar
Porque são tão tantas coisas azuis, há tão grandes promessas de luz
Tanto amor para amar que a gente nem sabe
Quem me dera viver pra ver e brincar outros carnavais
Que marchas tão lindas
E o povo cantando seu canto de paz

[Vinicius de Moraes]

Errante peregrino: Obrigada!


«Mesmo que tu já tenhas feito 
uma longa caminhada, 
há sempre um caminho a fazer»
[Bento XVI]

A isso chama-se caminho


Sentimos uma necessidade absoluta de nos movermos. Mais, de nos movermos numa direcção específica. Uma dupla necessidade, portanto: de nos pormos a caminho e de sabermos para onde.

[D.H. Lawrence citado por Paul Theroux e, «A Arte da Viagem»]

A dor está comigo


O meu coração está agitado;
a minha força me falta;
quanto à luz dos meus olhos,
até essa me deixou.

[Salmo 38]

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Deus vai ao Carnaval do Rio

Numa análise atenta aos sambas das 12 agremiações do Grupo Especial do carnaval carioca,
revela que, em 2013, as referências a Deus são abundantes.
O resultado surpreende. A chamada «festa mais profana do planeta», mostra que «Deus» está em alta!
Só perde para o tradicional grito dos puxadores «Vaaaaaai». Mas essa não é parte dos sambas, apenas ajuda na marcação do tempo.
A segur a «Deus» vêm «coração», «emoção» e «mistério» são os termos mais populares.
Isso não significa que existe um sentido de adoração ou louvor, mas ressalta que existe uma espiritualidade intrínseca que muitas vezes passa despercebida aos foliões.

Uma árvore...


Uma árvore com vários anos de existência, vivia numa grande planície. Ao seu redor floriam pequenas flores. Uma das flores perguntou um dia à grande árvore:

- Olha lá... sob que luz trabalham os pastores em seus pastos de planícies verdejantes?
- Sob que luz? Que pergunta… – Retorquiu-lhe a grande árvore.
- Sim. Sob que luz? Não poderão trabalhar eternamente na contemplação do sol, das estrelas,
do luar, do fogo?
- Trabalham sob a luz do astro Sol. – Respondeu-lhe a grande árvore?
- E quando a luz do sol deixar de existir na terra? – Perguntou novamente a flor.
-Talvez nesse instante se apercebam da sua ausência e tenham que trabalhar à luz do luar, da estrelas, do fogo que arde, da chama que alumia a noite…
A flor como era muito curiosa, estava preocupada pela não comparência dos seus amigos pastores se caso não existisse o sol, o luar, o fogo…algo que lhes pudesse iluminar o caminho.
Não queria deixar de poder ver as ovelhas que alegremente nos campos corriam, os pastores que seguiam…Se não existisse luz para os iluminar, que seria de suas vidas. Permaneceriam no vazio, na eterna noite, sem luz, nem guia?
Estando preocupada voltou a questionar a grande árvore:
- E quando nenhuma luz existir?
-Tu és sempre assim. Que perguntas fazes tu pequena flor! Não sei o que respondo é o mais certo. O que penso é o que te digo… Penso que quando o sol, a lua, o fogo e tudo mais que possa ser luz no caminho dos pastores e das suas ovelhas se extinguir, os próprios, terão descoberto a luz que emana de si mesmos. Poderão caminhar com a sua própria luz, a luz da interioridade armazenada. Com a luz que conseguiram armazenar no seu interior enquanto pastoreavam as suas ovelhas, durante anos. Sabes pequena flor, no jardim florido, nos prados verdejantes que a meus pés te colocas, a alegria brotará sempre de cada pastor, de cada ovelha, deles emergem experiências de vidas únicas. Olhares contemplativos que vivem em plenitude! Plenitude que liberta, enche e não esvazia.

[V.P.]

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O Teu querer...



«O que Tu queres que eu peça, peço; o que Tu não queres, não quero, 
nem mesmo o posso, nem sequer me passa pelo pensamento querer»
 [São João da Cruz, Chama, 1, 36]

Que labirinto és Tu?



...que labirinto és Tu
no qual me equivoco
inquietando?

procurando-me em Ti
por momentos me perco.

Sem Te encontrar em mim.
apoiando-me
em Ti
atravesso
cúmplices silêncios.

...regresso
às paredes de uma casa
conhecida.
 regresso
onde me sento,
sinto,
permaneço
e não descanso.

...interpelo-me
nos desafios
lançados de outrora.

...prostrando-me
em desafios inconfessáveis
revejo
labirintos vividos
e não decifrados!
continuamente…

...procurando-me em Ti
por momentos me perco
sem Te encontrar em mim.

...que labirinto és Tu
nesta estrada
após ter percorrido tantas outras?

[V.P]

Restolho




«Geme o restolho, triste e solitário
a embalar a noite escura e fria
e a perder-se no olhar da ventania
que canta ao tom do velho campanário

Geme o restolho, preso de saudade
esquecido, enlouquecido, dominado
escondido entre as sombras do montado
sem forças e sem cor e sem vontade

Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda

Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar para aprender a viver
e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
prá receber daquilo que aumenta o coração».

[Restolho – Mafalda Veiga]

O único caminho


No tempo em que o Espírito habitava a terra
E em que os homens sentiam na carne a beleza da arte
Eu ainda não tinha aparecido.
Naquele tempo as pombas brincavam com as crianças
E os homens morriam na guerra cobertos de sangue.
Naquele tempo as mulheres davam de dia o trabalho da palha e da lã
E davam de noite, ao homem cansado, a volúpia amorosa do corpo.

Eu ainda não tinha aparecido.

No tempo que vinham mudando os seres e as coisas
Chegavam também os primeiros gritos da vinda do homem novo
Que vinha trazer à carne um novo sentido de prazer
E vinha expulsar o Espírito dos seres e das coisas.

Eu já tinha aparecido.

No caos, no horror, no parado, eu vi o caminho que ninguém via
O caminho que só o homem de Deus pressente na treva.
Eu quis fugir da perdição dos outros caminhos
Mas eu caí.
Eu não tinha como o homem de outrora a força da luta
Eu não matei quando devia matar
Eu cedi ao prazer e à luxúria da carne do mundo.
Eu vi que o caminho se ia afastando da minha vista
Se ia sumindo, ficando indeciso, desaparecendo.
Quis andar para a frente.
Mas o corpo cansado tombou ao beijo da última mulher que ficara.

Mas não.
Eu sei que a Verdade ainda habita minha alma
E a alma que é da Verdade é como a raiz que é da terra.
O caminho fugiu dos olhos do meu corpo
Mas não desapareceu dos olhos do meu espírito
Meu espírito sabe...

Ele sabe que longe da carne e do amor do mundo
Fica a longa vereda dos destinados do profeta.
Eu tenho esperanças, Senhor.
Na verdade o que subsiste é o forte que luta
O fraco que foge é a lama que corre do monte para o vale.
A águia dos precipícios não é do beiral das casas
Ela voa na tempestade e repousa na bonança.
Eu tenho esperanças, Senhor.
Tenho esperanças no meu espírito extraordinário
E tenho esperança na minha alma extraordinária.
O filho dos homens antigos
Cujo cadáver não era possuído da terra
Há de um dia ver o caminho de luz que existe na treva
E então, Senhor
Ele há de caminhar de braços abertos, de olhos abertos
Para o profeta que a sua alma ama mas que seu espírito ainda não possuiu.

[Vinicius de Morais]

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Nunca mais


«Dedicado ao Vitor Hugo Moreira»

Não basta sair da inércia!


Não basta sair da inércia. Não basta agir. É preciso vencer, a saber, é preciso agir mais do que agem as forças de recuo, ou então - e os elogios não servem para nada - sucumbimos.

[Abbé Pierre] 

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

No caminho assim os encontramos: os amigos!


Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.

[Fernando Pessoa]

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Neste caminho: «Andai sempre alegres!»



 «Ai que saudade 
Que eu tenho de ter saudade
 Saudades de ter alguém 
Que aqui está e não existe
 Sentir-me triste
 Só por me sentir tão bem 
E alegre sentir-me bem
 Só por eu andar tão triste»

Não sabemos


Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.

[Fernando Pessoa]

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Sozinho não consigo!


Ó Deus, invoco-te na aurora!
Ajuda-me a orar e a reunir os meus pensamentos;
Sozinho não consigo.

[Dietrich Bonhoeffer (1906-1945)

Não te percas no teu caminho!


Um jardineiro, todas as manhãs tratava do seu jardim. O seu jardim era o mais belo dos jardins. Um jardim provido de uma extraordinária beleza, nele se refugiava e com ele conversava e crescia em cada novo dia. Guardava e (re)encontrava alegria para viver, um olhar especial o inundava de graça ao saber-se nele... Durante todo o ano, o visitava e trazia presente no seu pensamento. Nenhuma estação do ano o derrubava, nem mesmo o rigoroso e gélido Inverno. Neste jardim as distintas flores cresciam, os pássaros e todos os animais do campo cursavam cada recanto, conheciam o seu jardineiro e ele entregava-se a eles enraizando-se. Em cada lugar vazio, brotava a vida! Certo Inverno, o jardineiro deixou de vistoriar, percorrer o seu jardim, descuidou o amor que lhe tinha, hospedou-se em outros que não ele… E o jardim? O especial jardim? O seu jardim? Ele não cuidou dele. Ninguém mais cuidou dele. As flores murcharam, não eram regadas, o verde perdera a cor, a relva não era aparada, os pássaros deixaram de chilrear, não apareciam, não alimentava os animais, não conversava com as flores…nada, nada, nada… Nada nem ninguém tinha vida? O que teria acontecido ao jardineiro? Acabara de trabalhar a terra, estaria concluído o seu trabalho? Deixara de amar? Deixara de ver nas criaturas meios para o auxiliarem a conseguir o fim. Como poderia ficar indiferente? O jardineiro, deixara de cuidar do seu jardim, perdera o encanto... Ao redor do seu jardim via que o mais belo dos jardins de outrora, o seu, tinha perdido a beleza. Quem o despertaria para a realidade? Ao redor, os outros jardins cresciam com um especial brilho, o brilho que cada um dos jardineiros depositara... mas, o seu, o especial jardim de que o conto conta, o mais belo dos jardins morria, por não encontrar a vida! O jardineiro desfalecia ao ver como tinha deixado desfalecer o seu jardim! A ausência do seu «prestador de cuidados», o jardineiro, a ausência das suas sinceras palavras que germinavam da humildade do seu coração, originara a morte do jardim… As lágrimas silenciosas que corriam em seu olhar eram a linguagem presente de tempos ausentes, eram a linguagem do seu coração que sangrava, por ter originado a morte do seu jardim. O jardineiro, não cuidará do seu jardim e o seu jardim morrera!

És tu, este jardineiro?

[V.P]

Sabedoria


Desde que tudo me cansa,
Comecei eu a viver.
Comecei a viver sem esperança...
E venha a morte quando
Deus quiser.

Dantes, ou muito ou pouco,
Sempre esperara:
Às vezes, tanto, que o meu sonho louco
Voava das estrelas à mais rara;
Outras, tão pouco,
Que ninguém mais com tal se conformara.

Hoje, é que nada espero.
Para quê, esperar?
Sei que já nada é meu senão se o não tiver;
Se quero, é só enquanto apenas quero;
Só de longe, e secreto, é que inda posso amar. . .
E venha a morte quando Deus quiser.

Mas, com isto, que têm as estrelas?
Continuam brilhando, altas e belas.

[José Régio, in 'Poemas de Deus e do Diabo']

Tudo tem um tempo próprio


Qual é o teu tempo?

Existe um tempo próprio para tudo, e há uma época para cada coisa debaixo do céu: um tempo para nascer e um tempo para morrer; um tempo para plantar e um tempo para colher o que se semeou; um tempo para matar, um tempo para curar as feridas; um tempo para destruir e outro para reconstruir; um tempo para chorar e um tempo para rir; um tempo para se lamentar e outro para dançar de alegria; um tempo para espalhar pedras, um tempo para as juntar; um tempo para abraçar, um tempo para afastar quem se chega a nós; um tempo para andar à procura e outro para perder; um tempo para armazenar e um para distribuir; um tempo para rasgar e outro para coser; um tempo para estar calado e outro tempo para falar; um tempo para amar, um tempo para odiar; um tempo para a guerra, e um tempo para a paz. O que é que uma pessoa realmente obtém com o seu esforço? Pensei nisto em relação às várias espécies de trabalho que Deus dá à humanidade. Tudo tem o seu tempo próprio. Mas ainda que Deus tenha posto no coração do ser humano a ideia da eternidade, mesmo assim o homem não consegue atingir inteiramente o propósito das obras de Deus, desde o princípio até ao fim.

[Eclesiastes 3:1-11]