As despedidas são como os portos: abrem para o mar.
Esta noite, no refeitório do Convento do Carmo, reunimo-nos,
hospitaleiros do Albergue de São João da Cruz dos Caminhos e
religiosos da comunidade, para, à volta da mesa, saudarmos a vida,
celebrarmos o dom do acolhimento e da amizade que brota entre nós,
e, que, por nós, Deus derrama no coração de tantos peregrinos que
chegam a Viana do Castelo.
Foi também oportunidade para despedirmos a Cândida,
gentil hospitaleira, que vai emigrar. Esta terra que parece querer
obrigar a que nos façamos ao caminho tem também um coração de
oiro, um coração grande e agradecido. Sim, quisemos agradecer a
ajuda de todos, a boa vontade sempre pronta, as mãos disponíveis
não importa para quem e sem esperar retorno.
É certo que alguns sem o saberem receberam anjos
vestidos de peregrinos. E quem sabe, nós também.
Deus vos pague.
Não esquecemos ainda o Sr. Barroso, que tanto se
deliciava no serviço do acolhimento. Não sabia línguas nem tinha
talvez disponibilidade para as aprender. A alegria do acolhimento é,
porém, linguagem universal que todos entendem pois nasce do coração
aberto e disponível. E dele nascia uma torrente enorme!
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