O Fábio e a
Dora são alentejanos. De gema. Chegaram hoje ao nosso albergue para descansar e
reforçar forças a fim de chegarem a Santiago de Compostela. São João da Cruz
recebeu-os bem e com alegria. Foram muito bem vindos, e porque vinham tão
animados deu gosto recebê-los. O Fábio tinha mesmo de vir, mas esteve para não
vir. É ele quem trata da logística, apesar de engripado. Engripado e carregado
de medicamentos na mochila foi assim que chegou. Despedi-me por fim e
desejei-lhes bom descanso e boa caminhada, e porque são jovens e simpáticos,
perguntei ao Fábio: «Durante o caminho vai pedir a Dora em casamento?»
Respondeu-me que a ideia lhe passou pela cabeça, mas não trouxe o anel de
noivado.
Mas o certo é
que algures, quando a vida de ambos estiver mais consolidada, numa qualquer
luminosa recta do caminho, o Fábio vai dizer-lhe (como prometeu que diria):
«Dora, queres casar comigo?». Ela vai dizer que sim, e chorar. É o que está nos
livros.
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