quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

No silêncio da noite



No silêncio da noite, rouco de mim, esqueço quem sou…
As ruas estão cobertas de diversão e a atmosfera é densa
Sopra o vento que ao longo mal se notou
Da mesma força que esta voz intensa
Me abandonou

Dentro de mim sou apenas um esquecido
(Como é triste viver em esquecimento!)
E choro ao ver que fui vencido
Por este desconhecido sofrimento…

Em mim tudo se distância: o coração, os sentidos;
O amor da paixão, a paixão do amor…
Tudo o que vejo é cavaleiros feridos
Morrendo destemidos,
Como eu quando sou sonhador.

Mas tudo se apazigua… a noite já desaparece
Pelo silêncio das moradias.
E eu, este ser que entristece,
Não entende estas ventanias…
[Álvaro Machado]

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