segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Em tempo de Natal ... cantava!



"Meu doce e terno Jesus, se amores me hão-de matar, agora têm lugar"
[São João da Cruz]

São João da Cruz, homem de compassivo amor não poderia deixar de trazer em si o amor que Jesus conduziu ao mundo ao nascer em Belém… Ó admirável sólida relação de amizade e harmonia! Inflamava-se com o mistério do Deus feito homem. O Natal era vivido e sentido com um enorme ardor, espelhado no seu olhar, manifestado nos seus gestos, nas suas atitudes. No ano de 1585, no Convento das Madres Carmelitas de Granada, São João da Cruz, homem cativado de Deus, dançava e entoava com o menino Jesus ao colo, neste tempo alinhava tocantes e belas poesias sobre a Natividade: "Meu doce e terno Jesus, se amores me hão-de matar, agora têm lugar". Este tempo era vivido com peculiar atenção e emoção. Conta-se que no Advento, todos os dias enquanto mestre de noviços fazia a procissão do Menino Jesus pelos claustros das celas dos religiosos habitando o Menino Jesus cada dia na cela dum religioso.
Este grande homem, assegura-nos nas suas palavras a fragilidade de um Redentor que Se faz pequeno para dilatar os homens: Deus «o que falava antes em partes aos profetas já falou no todo, dando-nos o Todo, que é seu Filho. (...) Ponha os olhos somente nele (...) e achará nele ainda mais do que pede e deseja». Neste amor sem limites de um Deus que se faz pequeno, o apaixonado assemelha-se ao amado e na ternura, veneração, contemplação… demoremos o nosso olhar!
A ti, a mim… a cada um de nós resta-nos gratificar este imenso amor! Solidarizemo-nos ao Pequeno Rei que Se entrega no mistério do altar, que olha para e por nós... E nós? Nós… vamos a Ele e percamo-nos n´Ele, subamos até Belém e com Maria, sua mãe amável, José homem do silêncio… entoemos os mais belos cânticos. Cantemos com o coração a nossa entrega sem reservas ao Menino Salvador.
[VP]

1 comentário:

  1. A espiritualidade e a família aumentam a sensação de bem-estar no Natal. Obrigado por esta partilha.

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