Maria,
quando criança à menor provocação e contrariedade tinha um carácter muito
furioso, irreflectido. Toda a gente desaprovava os seus actos e até mesmo a
pequena Maria se sentia envergonhada quando não conseguia controlar a sua ira
apesar de muito se esforçar para não repetir os seus actos.
Certo
dia na escola, o professor ficou impávido e orgulhoso da pequena Maria, quando
se dirigiu a um dos amigos e pediu-lhe desculpa. O professor pegou numa folha
de papel e entregou a Maria pedindo-lhe:
-Maria, amassa-a, amassa esta folha com toda a tua força, com toda a tua energia,
faz dela o que quiseres… no fim quero que ela volte a ficar igual tal como eu
te entreguei.
Maria,
por mais que se esforça-se não conseguiu deixar a folha tal como o professor a
tinha entregue. O papel ficou amarrotado, com muitos vincos, bem tentou alisar
com todos os objectos que encontrava mas nada a fazia regressar ao estado
inicial.
O professor, vendo o esforço de Maria, com um olhar terno e enternecedor
abeirou-se dela e retorquiu:
-
Sabes Maria, jamais essa pequena folha ficará igual, o coração e cada pessoa é
como este papel. As marcas que nas pessoas deixamos em consequência dos nossos
actos, são tão difíceis de por vezes dilacerar…
Mesmo que as marcas sejam difíceis de dilacerar, vale a pena aprender com elas e avançar! Podemos ficar agarrados às marcas e evitar novas mas acabamos caindo no vazio! As marcas são a prova de que em momentos nos entregamos... Devemos aprender, corrigir, melhorar e andar para a frente. E construir marcas cada vez mais positivas!
ResponderEliminar