domingo, 21 de dezembro de 2014
sábado, 20 de dezembro de 2014
domingo, 14 de dezembro de 2014
São João da Cruz, poeta do Amor!
«Não há trabalho melhor nem mais necessário que o amor»
[São João Da Cruz]
Hoje é dia de São João da Cruz. Com S. João da Cruz,
aprendi que: «Não há trabalho melhor nem mais necessário que o Amor». Poucas são as pessoas que ao lerem São João da Cruz, não
deixam de se apaixonar pelas suas palavras de amor, pela sua vida de entrega e
doação. Tenho a certeza que as suas obras são momentos culminantes do
pensamento universal, esmiuçando o tempo e o espaço num Tudo a quem devemos
amar! Aprendi com ele que N´Ele todas as coisas se encerram! Do que tenho lido
e entendido, felizmente não estou sozinha nesta convicção, cada vez mais me
interesso por entender São João da Cruz mas ainda não entendi nem compreendi
tudo. Não poderia ser de outra forma. Vejo neste homem, um homem que soube interessar-se
por iniciativa própria pela essência da contemplação, um homem de Deus que
soube colocar na sua vida a tónica do AMAR O AMOR nos caminhos da história! Um grande poeta do Amor.
«Fomos feitos para o amor, disse São João da Cruz. Muitos homens e mulheres se deixaram e deixam enraizar
por este amar, por este Amor. Teresa de Jesus descreveu-o como: «uma das almas mais puras que Deus tem em sua Igreja.
Nosso Senhor lhe infundiu grandes riquezas da sabedoria celestial. Mesmo
pequeno ele é grande aos olhos de Deus. Não há frade que não fale bem dele,
porque tem sido sua vida uma grande penitência»…
Vejo ao analisar as suas obras que me custa
muitíssimo ler, não é algo que consiga da primeira à última página… São
obras para ir lendo, discernindo. Palavras que me fazem desligar a televisão, o
rádio, o pc, e tranquilamente estar… Difícil para os dias de hoje? O que e
certo é que quanto mais o leio mais vontade tenho de voltar a ler e tentar
compreender silenciando! Obras rodeadas do amor de Deus. Deus, nas suas obras é
digno de toda a honra e glória nele compreendemos a Sua essência.
Não desistamos de
percorrer caminhos pautados pelo amor de Deus. «Se o nosso coração nos acusar,
tenhamos confiança. Deus é maior que os nossos corações e conhece todas as
coisas"» [1 Jo 3, 20]. Aprendamos com o apóstolo São João para que
saibamos no entardecer da vida aprender com São João da Cruz… «No entardecer da
vida, seremos examinados pelo Amor». Que
consigamos sair de nós e partir à procura do Amado… Encontremos na simplicidade deste homem um caminho
profundo. Que esta Voz interior que o chamou para a Verdade, o fez lutar para
se manter firme no caminho, nos ensine a AMAR todas as coisas. Que o Amor seja a
única razão do nosso viver!
[Verónica Parente]
sábado, 13 de dezembro de 2014
V aniversário do Albergue
A tradição ainda é o que é… Como bem manda a tradição a noite esteve com as atenções voltadas para o Albergue de Peregrinos São João da Cruz dos Caminhos em pleno coração da cidade de Viana do Castelo. Festejamos o V aniversário com grandes amigos, de longe e de perto, carmelitas, hospitaleiros e peregrinos. Jantamos e confraternizamos num espírito muito familiar onde não faltou a sopa de pedra. Cantamos os parabéns ao Albergue, a Mariana que tem a idade do Albergue apagou as velas. O Jorge Torres do Grupo Terra Verde de Ermesinde, falou-nos da sua experiência de peregrino nos caminhos de Santiago, terminámos com uma queimada galega. Foi uma noite bem passada na sexta-feira que antecede à Solenidade de São João da Cruz. A partilha e os momentos de confraternização vividos servem para alicerçar ainda mais a hospitalidade para com todos os peregrinos que cruzam esta cidade. Agradecemos a todos e a cada um em particular o calor que se gerou nesta noite fria! Juntos, andemos!
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
«A hospitalidade na construção da identidade cristã»
«A
hospitalidade revela-se um dos caminhos para a construção da identidade cristã,
na comunidade crente. Além de testemunho eloquente para os de fora, cria um
ambiente caloroso para os de dentro.»
É a partir
desta convicção que João Alberto Sousa Correia desenvolve um estudo sobre a
narrativa bíblica em que Jesus, após a ressurreição, dialoga com dois dos seus
discípulos, em viagem para Emaús, que só o reconhecem quando Ele, à mesa,
depois de longo caminho a pé, parte o pão.
O livro,
publicado pela Universidade Católica Editora, vai ser apresentado esta
sexta-feira, 12 de dezembro, em Braga, por José Tolentino Mendonça,
investigador e docente de disciplinas bíblicas.
Depois de,
no primeiro capítulo, analisar o excerto de Emaús, centrando-se no texto,
tradução, variantes, morfologia e estrutura, a obra abre a segunda parte
centrando- no narrador do episódio, prosseguindo com o estudo da «trama
narrativa», espaço e tempo do relato, e, ainda, dos personagens.
O terceiro
capítulo é inteiramente dedicado à «caracterização de Jesus», quer do seu
próprio ponto de vista, como daqueles que com Ele se cruzam, enquanto que a
quarta secção analisa o episódio de Emaús «na perspetiva da hospitalidade».
João Alberto
Correia, pároco ao serviço da arquidiocese de Braga e professor na Faculdade de
Teologia da Universidade Católica, «usa o método narrativo com significativo
desempenho, permitindo ao mesmo tempo a quem o lê a apreensão pedagógica dos
vários passos e o contacto com as ferramentas típicas da chamada mecânica
narrativa», sublinha Tolentino Mendonça no prefácio.
«O tópico
que tematicamente se destaca da sua minuciosa abordagem não podia ser de maior
impacto teológico e de mais pertinente atualidade: o lugar da hospitalidade. A
hospitalidade no mundo helenístico-romano, com o qual o Novo Testamento, e
Lucas em particular, está em intenso diálogo, tinha certamente um enorme
ascendente cultural, mas também um inamovível obstáculo», explica o vice-reitor
da Universidade Católica.
O texto do
prefácio cita o filósofo Jacques Derrida, que comenta a oposição entre
hospitalidade e hostilidade: «O estrangeiro (...) continua a pedir a
hospitalidade numa língua que, por definição, não é a sua, mas é aquela imposta
pelo dono da casa, o anfitrião, o senhor, o poder, a nação, o estado, o pai,
etc.».
«O dilema da
hospitalidade começa aqui: devemos pedir ao estrangeiro que nos compreenda, que
fale a nossa língua, em todos os sentidos do termo, em todas as extensões
possíveis, antes e a fim de poder acolhê-lo entre nós. Ora, se ele já falasse a
nossa língua, com tudo o que isso implica, se nós já partilhássemos tudo o que
se compartilha com uma língua, o estrangeiro continuaria sendo um estrangeiro e
falar-se-ia a propósito dele, em asilo e em hospitalidade», questiona Derrida.
«Retomando
este verdadeiro dilema que a hospitalidade encontrava nas sociedades antigas,
organizadas em torno ao parentesco, à etnia e ao estado, pode-se talvez
perceber melhor a originalidade do projeto cristão, que João Alberto Correia
aqui ilumina», realça Tolentino Mendonça.
O
prefaciador salienta como a obra torna claro que, «desde a sua primeira
configuração», o cristianismo apresenta-se «como experiência e projeto de
hospitalidade», evidência que o relato do caminho de Emaús, «paradigma de todo
o caminho crente», continua a explicar.
O volume vai
ser apresentado às 18h00, na Faculdade de Teologia (sala D. Eurico Dias de
Nogueira).
Rui Jorge
Martins
Publicado em
11.12.2014
http://www.snpcultura.org/a_hospitalidade_na_construcao_da_identidade_crista.html
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
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