domingo, 30 de setembro de 2012

Relato da Peregrinação de uma família carmelita (VIII)


O ensinamento que todos nós aprendemos é que peregrinar é caminhar em direção a Deus, e sempre que o fizermos, o façamos da forma mais simples e humilde, levando sempre connosco a graça e a Luz de Cristo, bastando-nos só o que Deus nos dá: alegria e paz!
Em termos económicos podemos dizer que partimos de casa com cerca de trezentos euros no bolso, erámos quatro pessoas e tínhamos que tomar os pequenos almoços, pagar as dormidas sempre que tínhamos albergue, almoço e jantar, durante dez dias. Este dinheiro tinha que chegar até ao dia 24, pois era quando o João voltaria a receber. Foi complicado, mas tudo superamos.
No dia 24 já nos sentíamos um pouco melhor, foi caro mas foi bom. Esta peregrinação não nos serviu de férias, serviu-nos de tempo de reflexão, de encontro, de partilha, de serenidade, paz de espirito… Tudo isto eu, o João, o Simão e a Rita estávamos a precisar deste tempo.
E quando na nossa vida caminhamos todos na mesma direção: Jesus Cristo, tudo vale a pena. O Cansaço, as lágrimas, a fome, a sede, o caminho em si, mesmo quando surgem dificuldades, Ele e para Ele tudo vale e se supera. E Ele o condutor e o protetor da minha vida e da vida da minha familia.
Ao terminar o nosso testemunho gostaria de dizer que ao longo da história o Homem foi sempre comparando a sua vida a um caminho, um percurso que tem que percorrer. Ao percorrer um caminho há oportunidade para refletir, pensar e idealizar o caminho que queremos percorrer na nossa vida.
O caminho até santiago de Compostela não é exceção. Percorre-lo é ao mesmo tempo, caminhar sobre uma longa estrada de estrelas carregadas de histórias, tradições e magias… Que todo aquele que se faz ao caminho, desperte toda a sua atenção, pois o caminho dá aos peregrinos sensações únicas.
No caminho até Santiago, devemos estar sempre alertas, pois até o sussurro do vento pode ter algo para nos dizer…
 
Até sempre;
Júlia e João Montes

Sem comentários:

Enviar um comentário